PROJETO DE LEI PERMITE A RECONSTRUÇÃO DE MAMA APÓS CÂNCER
Projeto assegura procedimento e atendimento imediato para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS)
Dia 19 de outubro é conhecido como o Dia Internacional Contra o Câncer de Mama, e a data é utilizada para lembrar não apenas a prevenção mas também os tratamentos disponíveis para a doença. Além disso, há um projeto de lei do Senado que garante que mulheres com mamas retiradas em decorrência de tratamento de câncer poderão ter direito a cirurgia plástica reparadora pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no momento da intervenção cirúrgica oncológica. A plástica só não será realizada se houver contraindicação médica ou recusa da paciente.
Lei em vigor já assegura a cirurgia plástica reparadora das mamas pelo SUS em caso de câncer. A novidade estabelecida pelo projeto é que o procedimento poderá ser realizado durante a intervenção cirúrgica para tratamento da doença. Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), a estimativa de novos casos de câncer de mama, no Brasil, para 2012 foi de 52.680, um risco estimado em 52 casos a cada 100 mil mulheres. O câncer de mama é o tipo de câncer que mais atinge as mulheres no mundo todo. Nos países em desenvolvimento, a sobrevida média após cinco anos fica em torno de 60%.
No tratamento do câncer de mama, não basta apenas liquidar a doença. Quando há a necessidade de retirar a mama, a mulher precisa também recuperar a autoestima para sentir-se saudável novamente. Para isso, a reconstrução mamária deve ser considerada desde o início de todo processo para dar ainda mais segurança à mulher”.
A idade continua sendo o principal fator de risco para a doença, sendo que as taxas de incidência aumentam após os 50 anos. Mas, fatores como menarca precoce, nuliparidade, primeira gestação após os 30 anos, uso de anticoncepcionais orais, menopausa tardia e terapia de reposição hormonal já estão estabelecidas como agravantes.
As mulheres que tiveram o Câncer de Mama e foram submetidas à mastectomia (retirada da mama), podem contar hoje com a reconstrução mamária, que tem como principal objetivo a restauração da forma e do volume da mama amputada, preservando a autoimagem e contribuindo para uma recuperação psicossocial mais rápida.
Estudos demonstram que as pacientes que optaram pela reconstrução imediata têm melhores condições de enfrentar as dificuldades do tratamento e consequentemente melhor prognóstico e maior sobrevida.
A cirurgia pode ser realizada ao mesmo tempo da mastectomia ou depois, ao final do tratamento. De modo geral, os melhores resultados estéticos acontecem quando é realizada no momento da mastectomia. Mas é preciso levar em consideração o estado clínico da paciente para não atrapalhar em hipótese alguma a continuidade do tratamento.
Podem ser utilizados alguns tipos de técnicas diferentes, mas a escolha depende de diversos fatores e somente após uma criteriosa consulta com a equipe médica, paciente e familiares podem decidir a melhor opção para obter os melhores resultados estéticos e terapêuticos.
O tratamento do câncer de mama é multidisciplinar e a paciente tem o direito de ser tratada por especialistas em cada área, sendo que a reconstrução mamária deverá ser realizada exclusivamente por cirurgiões plásticos, que são os profissionais legalmente habilitados para este procedimento.
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