Como identificar uma pinta perigosa
Tenho dúvidas sobre como identificar uma pinta que pode virar câncer de pele. Como tenho muitas pintas, gostaria de uma orientação.
(Caetano)
Quem tem muitas pintas deve ir rotineiramente ao dermatologista para checá-las. Em caso de pinta ou ferida suspeita, é feita uma biópsia. O objetivo é detectar o câncer o mais cedo possível, já que câncer de pele é curável no início. Você também pode aumentar suas chances de detecção precoce, examinando regularmente sua própria pele. O ideal é fazer o auto-exame algumas vezes ao ano, assim você acabará conhecendo sua pele em detalhes.
O que procurar?
Observe a regra ABCDE de perigo, que indica sinais sugestivos de melanoma.
A: Assimetria. Pintas cancerosas são assimétricas enquanto as benignas geralmente são simétricas.
B: Bordas irregulares. Suspeite de bordas com reentrâncias ou saliências.
C: Cor da pinta. Pintas cancerosas costumam ter dois ou mais tons de cores.
D: Diâmetro. Suspeite de pintas com mais de 6 mm de diâmetro.
E: Expansão. Pintas cancerosas crescem enquanto pintas inofensivas em geral se mantêm do mesmo tamanho.
Qualquer desses sinais é um alerta. Existem outros sinais, como uma pinta que coça ou uma ferida que não cicatriza em duas semanas. Em caso de dúvida você deve procurar um médico para checar se a pinta ou a ferida suspeita é câncer de pele.
É simples: você tira a roupa e, em poucos minutos, o cirurgião plástico ou dermatologista avalia uma a uma as pintas do seu corpo. A maior parte é conferida a olho nu. Outras podem precisar de lupa especial, que diferencia pintas normais de pintas cancerosas. Se houver pinta suspeita, ela é removida e enviada ao patologista.
Esse exame é simples e importantíssimo porque pode salvar sua vida: o melanoma, o mais agressivo dos cânceres de pele, é curável se detectado nos estágios iniciais.
Faça o check up uma vez por ano
Quando o melanoma é detectado no começo, a taxa de cura é próxima a 100%. Com o tempo, ele se desenvolve e pode se espalhar para outros órgãos. É triste quando uma pessoa descobre um melanoma avançado: a mesma doença que podia ter sido curada, agora provavelmente custará a vida.
Dois estudos científicos publicados recentemente comprovam que, quando o dermatologista confere rotineiramente as pintas de seus pacientes, acaba descobrindo melanomas iniciais. Por isso, mesmo que você nem imagine ter uma pinta suspeita, mesmo que garanta que nenhuma pinta se modificou ao longo do tempo – ou mesmo quando tudo o que espera do dermatologista é uma caprichada no Botox – o exame dermatológico é fundamental.
Grupo de risco
Todo mundo corre risco de ter melanoma, basta estar vivo. Mas existem pessoas mais suscetíveis. Quem passou dos 50 e tem pele clara, quem costuma se queimar ao sol e ficar vermelho e quem já teve queimaduras solares com bolhas está no grupo de risco. Também está quem tem mais de 50 pintas pelo corpo. Ou quem tem na família alguém que já teve melanoma. O risco é maior se o parente for próximo, como mãe, pai ou irmão. Esportistas que passam muito tempo ao ar livre também entram no grupo de risco, e adeptos do bronzeamento artificial idem.
Se você se encaixou no grupo de risco, marque uma consulta com um dermatologista e faça um check up de suas pintas. Se você já vai ao dermatologista para cuidar de assuntos de beleza ou mesmo para olhar uma unha com micose, peça a ele que aproveite e olhe também suas pintas. Porque a detecção precoce é a melhor arma contra o câncer de pele.
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