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DIMINUIÇÃO DO SUOR EM MANAUS (BOTOX)

Tratamentos modernos para diminuir o suor


Se você assiste Seinfeld, talvez se lembre de um episódio em que George participa de uma reunião sobre uma onda de furtos na empresa. Antes da reunião, ele tinha feito ginástica. Por isso suava muito durante a discussão do problema, o que gerou certa desconfiança. Mais tarde, diretamente confrontado pelo seu chefe, teve outra crise de suor, desencadeada por comida apimentada. Resultado: George, apesar de inocente, acaba incriminado. Seu chefe achou que o suor era prova irrefutável de culpa.
Quem sua muito realmente sofre com isso e enfrenta constrangimentos em diversas situações. É a chamada hiperidrose, que atinge 1% da população. Esse excesso de suor pode ocorrer nas mãos, axilas, pés ou cabeça. E a quantidade de suor na região afetada é grande. As mãos chegam a pingar. É comum a pessoa com hiperidrose evitar o aperto de mão. Outros não conseguem escrever sem um paninho ao lado para enxugar. Se o problema for nos pés, a pessoa tem dificuldade em usar chinelos, sandálias ou sapatos, que escorregam nos pés sempre úmidos. Quem tem o problema nas axilas muitas vezes leva roupa extra para o trabalho e troca quando ela fica exageradamente molhada. Ou seja, é uma chateação atrás da outra.
O suor normal
Existe um controle fino na regulagem do suor humano. Esse controle é relacionado ao ajuste da temperatura corporal, que precisa se manter entre 36 e 37°C para que as reações químicas necessárias à vida ocorram normalmente. Se a temperatura do corpo aumentar, nosso sistema nervoso entra em ação: manda mensagens que estimulam as glândulas secretoras do suor. O suor é produzido e enviado para a superfície da pele através dos poros. Conforme ele evapora, nossa temperatura cai. O responsável por esse ajuste é o sistema nervoso autônomo. Como o nome diz, ele funciona com independência, regulando outras funções importantes e fora do nosso controle, como os batimentos do coração ou a dilatação das pupilas.
Não se sabe por que algumas pessoas suam mais. Não se observa qualquer alteração no sistema nervoso ou nas glândulas produtoras de suor. As glândulas são iguais às de quem nem lembra que sua: têm o mesmo tamanho, o mesmo número e estão onde deveriam estar. O que se sabe é que o estresse e o nervosismo agravam o problema. E parece irônico, mas o próprio medo de suar aumenta o suor.

Como se livrar desse transtorno?
Excluída a presença de doenças que aumentem o suor, como o hipertireoidismo, outras alterações hormonais ou doenças neurológicas, parte-se para o tratamento.
A primeira opção costuma ser com produtos de uso tópico à base de cloridróxido de alumínio, que ajudam nos casos mais leves. Após duas semanas de uso, a quantidade de suor já diminui. Daí, fazemos um esquema de manutenção.
Se o caso for mais severo, ou se não houver boa resposta ao tratamento tópico, restam outras opções. Uma excelente alternativa é a aplicação de toxina botulínica. O produto impede a comunicação entre o nervo e a glândula do suor. Sem receber estímulo do sistema nervoso, a glândula fica inativa. Usamos o produto para diminuir o suor das axilas, mãos e pés. O efeito dura aproximadamente meio ano. Depois, repete-se a aplicação. Existem também cirurgias que ajudam a controlar o problema de modo mais definitivo
No caso das axilas, pode-se recorrer a uma remoção das glândulas de suor, através de uma cirurgia que se parece muito com a lipoaspiração. Cânulas finas aspiram e removem as glândulas. Os casos de hiperidrose nas palmas das mãos e nas axilas também têm outra opção cirúrgica: a simpatectomia endoscópica. Essa cirurgia danifica o caminho por onde o impulso nervoso é conduzido antes de chegar às glândulas, o seu destino final. O tratamento é feito por uma equipe que inclui um cirurgião torácico e um cirurgião vascular. O problema desse tratamento é que os pacientes compensam a diminuição de suor nas palmas e axilas suando mais nas costas e barriga.
Existem ainda outros tratamentos, como a iontoforese. Nela, coloca-se a área afetada imersa em um aparelho contendo água. O aparelho emite uma leve corrente elétrica. As sessões de tratamento duram meia hora, e devem ser diárias até que o suor diminua, o que pode levar até dois meses. Depois, as sessões vão se espaçado até chegar a uma ou duas vezes por semana, no periodo de manutenção.
Também existe tratamento à base de medicamentos por via oral, que prejudicam a comunicação entre o nervo e a glândula. São chamados de anticolinérgicos. Esse tipo de medicamento tem vários efeitos colaterais, como boca seca, visão turva, constipação e retenção urinária. Por isso, raramente é indicado.Além do tratamento, é importante que o paciente preste atenção no emocional, procurando ajuda especializada. Muitas pessoas melhoram a hiperidrose tomando antidepressivos ou ansiolíticos.
Deu pra ver que existem soluções, não é mesmo? Ainda que algumas delas apresentem efeitos colaterais, outras são simples e eficientes. Então faça uma consulta ao seu medico e você verá o resultado: menos suor e menos lágrimas na sua vida.
Por Lucia Mandel - Revista Veja

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